CONDOMÍNIOS: PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA

livroNas assembleias gerais, ao menos uma vez por ano, o síndico é obrigado a apresentar a previsão orçamentária, para discussão e deliberação.

A previsão geralmente é elaborada pela administradora do condomínio que, com base nos últimos meses, calcula qual deverá ser a despesa média durante os doze meses vindouros.

A discussão geralmente é longa e a deliberação extremamente problemática, porque ninguém quer aumentar a taxa de condomínio e, muitas vezes, a administradora é quem leva a culpa pelo aumento.

Já houve caso em que uma condômina, dirigindo-se ao representante da administradora, falou: “vocês estão gastando muito”. Ao que lhe foi explicado que não era a administradora que gastava, mas sim os moradores do condomínio.

Recentemente, ao propor aumento de 10% na taxa condominial, um condômino, numa assembleia, comentou que as administradoras sempre querem aumentar.

Por aí se vê como esse item é incompreendido.

Ao elaborar a previsão, é necessário levar em conta o dissídio coletivo dos funcionários ou das empresas terceirizadas, a previsão de aumento das empresas de fornecimento de água e luz, a inflação etc.

É claro que, por tratar-se de previsão, dificilmente refletirá a realidade, ao longo dos doze meses seguintes, principalmente no Brasil, porque é impossível prever, com a instabilidade e a incerteza que infelizmente somos vítimas.

Mas é preciso aprovar um valor, a ser rateado mensalmente, e que deverá cobrir todos os gastos. Se não cobrir, haverá necessidade de um rateio extra, pois jamais o condomínio deve deixar a conta bancária negativa. Conta essa, diga-se, que deve ser personalizada (em nome do condomínio) e não em nome da administradora (conta pool).

A experiência tem demonstrado que o melhor a fazer é a administradora apresentar na assembleia a previsão e deixar que os condôminos discutam e aprovem o valor que acharem conveniente, para evitar comentários e críticas como as citadas acima.

Dessa maneira, é aconselhável que o representante da administradora limite-se a informar o valor que vem sendo rateado e o valor médio de despesas previsto e não participar da discussão que se seguirá. Os participantes da assembleia que discutam e decidam, com base nesse dois dados.

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